A segunda rodada do UEFA Euro 2012 começou hoje com dois
bons jogos. No primeiro, a República Tcheca conseguiu uma importante e suada
vitória contra a Grécia pelo placar de 2 a 1 e chegou à vice-liderança da
chave. Líderes do grupo, os russos enfrentaram os poloneses, donos da casa, em
partida em que pairava o clima de tensão, dentro e fora de campo. O resultado
refletiu a produção de ambas as seleções em toda a partida: 1 a 1.
Com os resultados, A Rússia segue liderando o Grupo A, agora
com 4 pontos. Logo atrás vem a ascendente República Tcheca, com 3, e a Polônia,
um ponto a menos que os vice-líderes. A Grécia segura a lanterna com apenas um
ponto conquistado, mas ainda sonha com a classificação.
Opinião - O grupo está equilibrado. A Rússia é a seleção que
apresenta o melhor futebol, mas hoje foi surpreendida por uma perigosa Polônia.
Os anfitriões, comandados pelo bom técnico Franciszek Smuda, que deu um padrão
de jogo muito bom à equipe. Continuo acreditando que esta é a melhor geração
que a seleção da Polônia já viu. Jogadores como Lewandowski, Kuba, Obraniak e
Piszczek jogam em grandes equipes da Europa e fazem parte do bom elenco
polonês.
A Rússia encontrou hoje uma marcação mais forte e uma equipe
com toque de bola ao enfrentar a Polônia, o que dificultou que os russos
repetissem a boa atuação que tiveram contra a República Tcheca. O resultado de
1 a 1 foi justo pelo que as equipes apresentaram durante a partida.
República Tcheca e Grécia fizeram também um bom jogo. Apesar
da vitória desta fraca seleção tcheca, eu ouso dizer que um empate seria mais
justo, a julgar pela produção de ambas as equipes em toda a partida. Acredito
que, na última rodada, a Polônia vencerá os tchecos e se classificará, junto
com a Rússia.
Kuba fez um belo gol contra a Rússia e deu o empate à Polônia |
Destaque do dia - As opções hoje não são tão boas. Por isso,
fico com Kuba, da Polônia, que, além de ter feito um belíssimo gol, deu passes precisos e participou
bastante da partida, chamando o jogo para si.
Perna de pau do dia - O atacante Milan Baros, da República
Tcheca, mais uma vez não teve boa atuação. Acredito que o tempo de Baros já
passou. Não é porque ele foi artilheiro da Euro 2004 que tem que continuar como
titular da equipe. Hoje, mais uma vez, mostrou que está fora de forme, sem
tempo de bola e muito parado na frente. Se liga, Bilek, você tem atacantes
melhores, como Necid, que fez boa temporada pelo CSKA Moscou, da Rússia.
Goleiro Cech falou em gol da Grécia, mas os tchecos venceram |
Revanche - No primeiro jogo do dia, República Tcheca e
Grécia se enfrentaram no estádio Miejski, na Polônia, em clima de revanche por
parte dos tchecos, que foram eliminados pelos gregos nas semifinais da Euro
2004, quando as duas equipes foram as maiores surpresas da competição.
Daquele time ainda restaram alguns nomes. Em campo hoje,
entram quatro tchecos e quatro gregos que fizeram parte das campanhas de suas
respectivas seleções na Euro disputada em Portugal.
A República Tcheca, que tem talvez a sua pior geração em
muito tempo, entrou em campo precisando vencer para se recuperar da goleada por
4 a 1 sofrida perante a Rússia. A Grécia também precisava vencer. O primeiro
tempo foi todo dos tchecos, que logo abriram 2 a 0, com Jiráček, aos 3, e
Pilar, aos 6 minutos da primeira etapa.
Apesar de continuar dominando, a República Tcheca não
conseguiu fazer mais gols no primeiro tempo. Na segunda etapa, a Grécia voltou
melhor, criando chances, mas nada que assustasse Petr Cech, herói do Chelsea na
conquista da Liga dos Campeões. E foi o próprio arqueiro que deu uma mãozinha
aos gregos. Na verdade, deu duas mãozinhas. Num cruzamento na área, Cech saiu
todo atabalhoado e não conseguiu segurar a bola, que sobrou para o baixinho
Gekas, que diminuiu o placar e deu números finais à partida.
Com o resultado, os tchecos sentiram-se vingados,
praticamente selando a eliminação dos gregos da competição e, de quebra,
chegaram à segunda colocação da chave.
Dzagoev marcou, de cabeça, seu terceiro gol na Euro |
Equilíbrio - A segunda e mais aguardada partida do dia foi
entre os anfitriões da Polônia e os russos. A rivalidade entre as nações pôde
ser vista dentro e fora de campo. Nos arredores do Estádio Narodowy. Na
entrada, houve correria entre as torcidas, o que gerou um clima de tensão nas
arquibancadas.
Em campo, o clima não foi diferente. Russos e poloneses mal
se comprimentaram após os hinos. Com a bola rolando, o ritmo pegado e, por
vezes, violento continuou. Mas isso com certeza não foi o melhor da partida.
O bom mesmo foi ver a bola rolando. A primeira etapa foi
dominada pela Rússia, mas não amplamente, pois a Polônia mostrou-se um
adversário bem complicado. Mesmo assim, os russos abriram o placar aos 37 com o
artilheiro Dzagoev, de cabeça, em cobrança de falta de Arshavin. Apesar de
criarem mais chances, os russos não conseguiram ampliar e levaram a magra
vitória para o intervalo.
Na volta, uma reviravolta. Os poloneses voltaram com maior
volume de jogo, com mais pegada, mais vontade e com sede de gol. E voltaram
criando chances, mas esbarravam na excelente atuação do zagueiro Ignashevich e
do goleiro Malafeev. Mas logo aos 12 da segunda etapa, o capitão
Błaszczykowski, chamado também de Kuba no Borussia Dortmund da Alemanha, onde
joga, acertou um belíssimo chute de fora da área e empatou a partida.
E os poloneses bem que tentaram virar a partida, mas
encontraram uma defesa sólida da Rússia. Tiveram um pouco de azar também... Os
russos não ficaram atrás e também tentaram, mas o placar não mais se alterou e
a partida assim terminou, empatada e equilibrada.
O resultado não foi de todo ruim para a Rússia, que segue
líder. Para a Polônia, não foi tão bom. Os anfitriões jogam a última partida
contra a República Tcheca precisando da vitória para avançar à próxima fase. Os
tchecos jogam pelo empate.