terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Em noite de Peter Crouch, Tottenham bate Milan, em pleno San Siro


A noite de hoje certamente não foi muito feliz para os brasileiros Robinho, Alexandre Pato e Thiago Silva. Isto por que a equipe que eles defendem, o Milan, perdeu pelo placar de 1 a 0 a primeira partida da rodada de ida das oitavas-de-final da Uefa Champions League, disputada no estádio San Siro, contra o Totteham. O gol da vitória foi marcado pelo grandalhão Peter Crouch, em contra-ataque puxado pelo promissor Aaron Lennon.
O primeiro tempo de partida foi marcado pelo nervosismo da equipe da casa, que acabou tendo como destaque o goleiro Christian Abbiati, com várias defesas difíceis. Mas o goleiro rossonero se contundiu ainda no primeiro tempo e deu lugar a Amelia, emprestado pelo Genoa. O Tottenham, que teve os brasileiros Gomes e Sandro, manteve sempre a postura de contra-atacar e assim foi perigoso durante todo o primeiro tempo.
Na segunda etapa de jogo, o Milan continuou nervoso e os visitantes, perigosos no contra-ataque, seguiram, como se diz no Brasil, comendo pelas beiradas. Massimiliano Alegri, treinador do Milan, colocou Alexandre Pato no segundo tempo e o jogo mudou. O atacante brasileiro deu um novo ânimo à equipe da casa, que passou a pressionar mais. O goleiro brasileiro Gomes, dos visitantes, fez belas defesas, principalmente nas cabeçadas do zagueiro rossonero Yepes. Mas, em um contra-ataque rápido, o Tottenham matou o jogo. Aaron Lennon puxou uma jogada em velocidade e tocou para Crouch finalizar em grande forma e abrir o placar no San Siro. E foi só. O Milan, dominado pelo nervosismo do capitão Gattuso e companhia não teve forças para reagir perante sua torcida e acabou sendo liquidado em sua própria casa. O capitão dos mandantes ainda provocou uma briga com representantes da comissão técnica do Tottenham.
O resultado dá aos visitantes o direito de empatar na partida de volta, que será realizada na quarta-feira de cinzas, dia 9 de março. Para o Milan, as perspectivas não são muito boas. Se com o apoio de sua torcida e ainda com o rival desfalcado de seu melhor jogador na temporada, o lateral Bale, a equipe não venceu, esta tarefa se complicará ainda mais jogando na casa dos Spurs. O jogo da volta promete!

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Juventus vence e segue buscando a Liga dos campeões


Em mais um clássico deste fim de semana, a Juventus venceu a Internazionale de Milão em um jogo morno no Estádio Olímpico de Turim pelo placar de 1 a 0. A partida, válida pela 25ª rodada do Campeonato Italiano, teve Júlio Cesar, Maicon, Thiago Motta e o técnico Leonardo como representantes brasileiros pelo lado Nerazzuri e pelo lado da equipe da casa o meia Felipe Melo. O autor do gol foi o recém-contratado atacante italiano Matri, que defendia o Cagliari. Esta vitória levou a Juve para a sexta posição da Serie A, enquanto a Inter caiu para o quarto lugar na tabela de classificação.
A partida não foi digna de um clássico europeu. Até meados do primeiro tempo, ambas as equipes apenas se estudaram, não buscaram o ataque e a marcação predominava. A defesa da Juventus, muito bem postada pelo seu treinador, Luigi Del Neri, não permitiu que Pazzini e Eto’o, atacantes da Inter, tivessem chances de balançar as redes do goleiro Buffon. Por outro lado, a defesa Nerazzuri sentiu a falta do brasileiro Lúcio, principalmente no lance do gol, pois Matri só conseguiu cabecear devido à baixa estatura do zagueiro colombiano Córdoba, que não alcançou o cruzamento do sérvio Krasic. E o primeiro tempo terminou com o resultado positivo para a Juve, mas em jogo com poucas emoções. O segundo tempo seguiu nessa mesma linha, com as equipes apostando mais na marcação do que no ataque. No final do jogo, a Inter resolveu pressionar a defesa da equipe da casa, chegando a acertar uma bola na trave com Samuel Eto’o e obrigando Buffon a fazer boa defesa em uma finalização de Pazzini.
O lateral brasileiro Maicon teve atuação apagada, assim como Júlio César, que não foi muito exigido durante a partida. O ítalo-brasileiro Thiago Motta foi bem na marcação, mas não apoiou muito o ataque. O único representante brasileiro na Juventus, Felipe Melo, fez uma boa atuação. Errou poucos passes, marcou muito bem os meias da Inter, principalmente Sneijder, e apoiou o ataque quando foi necessário.
No final das contas, o resultado acabou sendo justo pelo que ambas as equipes apresentaram durante a partida. Muita marcação e pouca ofensividade marcaram este grande clássico italiano. Para a Juventus, fica a motivação por vencer um clássico e para a Inter de Leonardo, que conheceu sua segunda derrota à frente da equipe, deixa o sinal que precisará jogar mais se quiser, ainda, conquistar o título.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Análise do clássico de Manchester


A manhã deste sábado (12) foi marcada pelo primeiro clássico no futebol europeu durante este fim de semana. Manchester United e Manchester City se enfrentaram no Old Trafford, estádio da primeira equipe, em partida válida pela Premier League, o campeonato inglês. Em campo apenas um brasileiro, o maio-campo Anderson do United, ex-Grêmio. O atleta não esteve em grande dia, mas saiu aplaudido pela torcida. Esta, certamente, ficou deliciada com o gol que decidiu a partida: uma linda bicicleta de Wayne Rooney. Com este gol, o United venceu o City pelo placar de 2 a 1.
A equipe da casa não iniciou a partida muito bem. Isto por que o City tratou de partir para cima, como proposta de seu treinadar, Roberto Mancini, que falou antes da partida que sua equipe iria a Old Trafford buscar uma vitória e continuar na luta pelo título. Por isso, os novos milionários da Inglaterra atacaram mais nos primeiros minutos, principalmente pelo lado direito de seu ataque, jogando nas costas de Vidic e Evra, no setor esquerdo da defesa do United. Mas os Red Devils mostraram por que são os líderes do campeonato. Começaram, pouco a pouco, a tomar o controle do jogo, até que em um belo passe de Ryan Giggs, Nani abriu o placar ainda no primeiro tempo.
Na segunda etapa o United recuou muito, de maneira que o City começou a gostar do jogo. O treinador da equipe visitante, que demorou de mexer, colocou Wright-Phillips em campo, para dar velocidade ao setor direito de ataque. Logo após, colocou o recém-contratado Dzeko, jogador da Bósnia e que atuava no Wolfsburg, da Alemanha. As modificações funcionaram. Em jogada pelo lado direito do ataque do City, Phillips cruzou e Dzeko pegou de primeira, a bola desviu nas costa de David Silva e enganou o goleiro dos diabos vermelhos, Van der Sar, empatando assim a partida.
Foi então que Sir Alex Fergusson, treinador do United resolver sair de trás e mexer no time. Tirou Anderson, que fez uma partida discreta e colocou o búlgaro Berbatov. A equipe da casa voltou a equilibrar a partida, de maneira que esta ficou aberta, com chances para ambos os lados. E em uma dessas chances, em uma bola cruzada na área pelo lado direito do ataque do United, Rooney (carinhosamente chamado de “Shrek”) pegou uma linda bicicleta e selou o placar positivo para sua equipe.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Nasce mais um italiano


Pois é, aconteceu de novo. A seleção brasileira perdeu mais um bom jogador que se naturalizou e defenderá outra nação. Trata- se de Thiago Motta, meio-campo da Internazionale de Milão, que estreou pela seleção italiana neste meio de semana em confronto amistoso contra a Alemanha, no estádio Signal Iduna Park, em Dortmund.
Motta vive o melhor momento de sua carreira e com certeza teria espaço em nossa seleção. A julgar pela convocação de Anderson, do Manchester United, que é reserva do time de Alex Fergusson e não consegue regularidade quando entra na equipe. Além disso, Elias não está em melhor forma da que Motta, mas é jogador de confiança do treinador da seleção. Em atividade, hoje, no futebol europeu Thiago Motta é o volante brasileiro que está em melhor fase. Lucas, o principal concorrente, ainda busca afirmação no Liverpool, depois de seu trabalho com Rafa Benitez, que quase não o utilizava. Titular da seleção e do Liverpool, Lucas ainda não lembra aquele jogador que brilhou pelo Grêmio em 2007. E não me venham falar de Felipe Melo...
A trajetória de Motta pela Europa iniciou no Barcelona, por onde atuou de 1999 até 2007. No clube catalão, o atleta não se firmou, muito devido às contusões que o perseguiam constantemente. Mesmo assim era tido como uma grande promessa do time. Ma o tempo foi passando e jogadores como Xavi foram ganhando espaço e Motta, consequentemente, perdendo. Então transferiu-se para o Atlético de Madrid, onde pouco jogou. Mostrou seu bom futebol quando foi para a Itália, atuar pelo Genoa. Logo atraiu os olhares dos grandes clubes europeus e a Inter de Milão o contratou em 2009. Nesta equipe Motta vem mostrando muito futebol, tanto na marcação, quanto no apoio, fazendo gols inclusive. Teve seu auge na conquista da Champions League, Serie A e Copa da Itália na temporada passada, sendo peça fundamental no esquema de José Mourinho.
Enfim, perdemos um grande jogador, que poderia certamente acrescentar muito a essa seleção brasileira em construção. Mas ele preferiu (e com razão!) não esperar mais a boa vontade dos dirigentes brasileiros para convocá-lo. Agora defende a Azzurra, também em construção. Só nos resta desejar boa sorte ao Motta...

Leonardo e a recuperação da Inter


O que dizer da grande fase que a Inter de Milão vive no campeonato italiano e na copa da Itália? Foi graças à saída de Rafa Benítez ou à chegada de Leonardo ao comando técnico da equipe? Ou será, na verdade que foi o híbrido dos dois fatores? Bom, o fato é que a Inter, após a chegada do treinador brasileiro deu uma boa subida na tabela de classificação da Serie A e melhorou suas atuações em campo.
Leonardo chegou sob olhares desconfiados de muitos, mas com o tempo os resultados foram aparecendo, de maneira que a boa fase da equipe é credenciada a ele. Leonardo motivou os jogadores, deu a eles mais liberdade dentro de campo, principalmente ao setor ofensivo, não limitou jogadores como Samuel Eto’o, um ds grandes destaques da equipe na conquista da Uefa Champions League na temporada passada.
Por outro lado, taticamente percebe-se que a equipe de Leonardo se parece muito com a de Mourinho, que ganhou tudo que disputou na última temporada. Benítez também não modificou muito a formação lendária de Mourinho, mas mudou a forma de jogar da equipe. Aproximou mais Et’o e Pandev do ataque, que antes era preenchido apenas por Milito. Isso é suicídio. Obviamente não iria dar certo, mesmo que agradasse os adeptos do futebol ofensivo. Era, na verdade, uma falsa idéia de ofensividade, já que a defesa ficava muito desprotegida. E nem tocamos no assunto dos fortes apoios de Maicon....
Leonardo consertou a Inter, pelo menos na motivação e na formação tática. Muito se falou que Mourinho estava auxiliando Leonardo nesse processo, mas ele, na verdade, mostrou que conhece de futebol e “colocou os pontos nos is”. Thiago Motta voltou a ser titular absoluto ao lado de Cambiasso, Sneijder voltou a ter mais liberdade no meio, o marroquino Kharja, mesmo se questionando sua qualidade técnica para vestir a camisa da Inter, deu uma solução ao meio campo e Samuel Eto’o, enfim, começou a jogar mais no ataque.
A melhora é visível e inquestionável. Leonardo realmente trouxe a Inter de novo à luta pelo calcio e não apenas isso, buscou as boas atuações que ficaram esquecidas na épica temporada passada. Esperaremos ansiosos pelo resultado final.