segunda-feira, 21 de maio de 2012

Petr Cech: o herói da conquista do Chelsea


 
No último sábado  o Chelsea ganhou a Uefa Champions League, primeira da história do clube. No elenco da equipe vencedora, com muitos méritos, nomes como Franck Lampard, Didier Drogba, John Terry e Ashley Cole ficarão marcados para a eternidade na história dos Blues. Mas um guerreiro entre todos estes guerreiros não será esquecido jamais pelos adeptos do clube londrino: Petr Cech.

O goleiro tcheco completou ontem 30 anos e, como presente, teve uma atuação de gala na final da UCL conta o Bayern de Munique. Quando li uma matéria no globoesporte.com falando sobre a idade de Cech, foi como voltar no tempo e lembrar do ano de 2004, quando o arqueiro se transferiu para o Chelsea.

O início



Apesar de torcedor do Arsenal na Inglaterra, comecei a simpatizar pelo Chelsea naquele ano, devido ao trabalho de José Mourinho, treinador que sempre admirei. Depois de ganhar a Champions pelo Porto, o manager português se transferiu para o clube londrino, que era - e ainda é - abastecido pela grana do russo Roman Abramovich. Mourinho, então, com os cobres abarrotados de dinheiros, foi às compras. As contratações não foram grandes estrelas, mas, sim, jogadores promissores.

Didier Drogba, Arjen Robben e Mateja Kezman, entre outros, se juntaram a bons nomes como John Terry, Franck Lampard e Joe Cole. Sob o comando do português, a equipe ganhou fácil a Premier League. E foi um triunfo daqueles: 96 pontos conquistados, com direito a melhor ataque e melhor defesa da competição. A dupla de ataque formada por Drogba e Kezman tinha tudo para dar certo, mas devido às demasiadas contusões do sérvio, acabou fracassando com a saída de Mateja.

O promissor

Dentre os jogadores que chegaram na janela de negociações de 2004, estava o jovem e promissor goleiro Petr Cech. O arqueiro jogou a temporada anterior no Rennes, da França, onde foi eleito melhor goleiro da competição. Mas foi na Eurocopa deste mesmo ano que Cech mostrou seu talento, sendo um dos principais destaques da República Tcheca na excelente campanha que levou a seleção ao terceiro lugar do certame, quando foi eliminada pela Grécia nas semifinais.

Alto, rápido e com um excelente reflexo, Cech chegou ao Chelsea já com status de titular. E não decepcionou o comandante Mourinho, sofrendo apenas 13 gols na Premier League. Apesar de alto, as bolas rasteiras não eram problema para Cech. As bolas altas quase não passavam. Na reposição de bola, mostrava precisão. Na saída das bolas aéreas, esbanjava segurança. Tinha tudo para, em pouco tempo, igualar a Iker Casillas e Gianluigi Buffon, que eram os principais goleiros do mundo na época.

 A contusão



O futuro de Cech era brilhante, até o nebuloso dia 14 de outubro de 2006. Na partida contra o Reading, Cech foi atingido na cabeça pelo joelho do atleta da equipe rival Stephen Hunt numa disputa de bola. Foi num lance tão bobo, que recordar nem faz bem. A defesa do Reading deu um chutão e Paulo Ferreira, lateral do Chelsea, apenas protegeu para a saída tranquila de Cech. Mas Hunt, talvez para mostrar raça, tentou pegar a bola e atingiu em cheio a cabeça do arqueiro, que foi substituído pelo lendário Carlo Cudicini.

Quem viu o lance não imaginou que pudesse ser tão sério. Cech sofreu um afundamento craniano e teve que passar por uma cirurgia emergencial, que lhe deixou fora dos gramados por alguns meses. Depois da volta, ele já não era o mesmo. Inseguro, mais lento e, por vezes, demonstrando medo, Cech caiu de produção. O capacete que começou a usar após o acidente era o símbolo de sua insegurança. Muitos acreditavam, inclusive, que ele pararia de jogar, mesmo voltando aos gramados.

Mas ele seguiu em frente, recebendo críticas, elogios de fãs - como eu -, falhando, acertando, caindo, levantando... lutando. O tempo foi passando e ele, pouco a pouco, recuperando a confiaça e segurança. Claro, não foi aquele goleiro do início, mas ajudou muito o Chelsea em suas conquistas. Nesta Liga dos Campeões, maior título da história da equipe, Cech foi o principal destaque, levando o clube a uma glória jamais alcançada.

Em 2004, eu era um projeto de jogador de futebol. Era goleiro titular e vice-capitão do time sub-15 da seleção de São Felipe. Meus ídolos eram Iker Casillas, Gianluigi Buffon e Petr Cech, meu favorito entre todos eles. Conheci Cech em 2003, quando ele ainda jogava no Rennes, na minha loucura de ficar procurando por jogadores desconhcidos.

Relato de um fã

Cech foi o maior goleiro que vi jogar, um cara que me inspirou muito. Depois do jogo de sábado me emocionei muito com ele. Até comecei a escrever este texto, mas não consegui terminar. Às vezes eu penso que a contusão dele foi coisa dos deuses do futebol, para não permitir que nascesse mais um deus, retirando de Cech todos os seus poderes sobrenaturais. O curioso é que eles permitiram que Messi continuasse.

Outra coisa mais curiosa ainda foi que tive uma contusão no tornozelo um pouco antes do acidente de Cech. Três meses antes, eu quebrei meu tornozelo e também tive que passar por uma cirurgia, que me fez abandonar o sonho de ser jogador de futebol e buscar os caminhos do jornalismo. Fui fraco em não ter continuado, como Cech fez. Mas talvez tenha sido, mais uma vez, vontade dos deuses.

Ele é um exemplo de vida e superação, um verdadeiro desportista. Talvez, no final de tudo, ele nem se torne um deus, talvez seja esquecido quando se aposentar, talvez nem os torcedores do Chelsea se lembrem dele, mas seu legado, sem dúvidas, ficará marcado na memória de todos os amantes do futebol.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Argentino Pellegrino será substituto de promissor Emery no Valencia

O Valencia anunciou hoje seu novo técnico para a próxima temporada. Trata-se do argentino Mauricio Pellegrino, ex-zagueiro da equipe entre 1999 e 2004. Ex-assistente técnico de Rafa Benítez, Pellegrino fará sua esntreia como treinador.

Não se pode questionar a contratação de Pellegrino. É um grande nome no clube, ídolo da torcida, conquistou, com o Valencia, o Campeonato Espanhol por duas vezes (2001/02 e 2003/04), além da Copa da Uefa de 2004, uma Supercopa Europeia (2004) e uma Supercopa da Espanha (1999).

Mudança - Mas será que a saída de Unai Emery é justa? Tudo bem que não ficar no clube, aparentemente, foi uma decisão do próprio treinador basco. Ele chegou como ao clube em 2008 como uma das grandes promessas do futebol espanhol. Na época, o Valencia vivia um crise interna, que resultou em resultados ruins na temporada anterior.

Desde que assumiu, mostrou serviço. Perdeu as duas grandes estrelas da equipe, os Davids Silva e Villa, e mesmo assim manteve os bons resultados. E os desfalques não se limitaram aos dois. Juan Mata, Albiol e tantos outros. Mas Emery sempre manteve o Valencia como a terceira força da Espanha, ficando atrás apenas de Real e Barça, o que é, com certeza, uma grande proeza.

Muito pressionado pela torcida do clube, que julgou os resultados obtidos na atual temporada como ruins, Emery decidiu deixar o clube. O basco deve ir para o Spartak Moscou, da Rússia, onde receberá, segundo informações da imprensa espanhola, o dobro do que recebia no Valencia.

Se realmente não houve esforço do Valencia em mantê-lo, a equipe não agiu muito bem. Deixou escapar um treinador que segurou as pontas enquanto a equipe vendia todas as estrelas para pagar as enormes dívidas. Se foi opção dele, fez certo, pois trabalhar sob pressão, mesmo realizando um grande trabalho, não é bom.

terça-feira, 1 de maio de 2012

Mourinho? Redknapp? Nada! Roy Hodgson é o novo treinador da Seleção Inglesa

Para quem apostava em José Mourinho ou Harry Redknapp, ficou surpreso com a escolha da FA por Roy Hodgson para assumir o English Team. Talvez Hodgson seja apenas um tapa buraco para a Eurocopa, o que seria um absurdo, pois não seria muito inteligente menosprezar uma competição tão importante. Porém, se ele for mesmo o escolhido para os trabalhos futuros, não será uma grande contratação. Pelo menos os números não falam a seu favor.

Como treinador, ganhou apenas campeonatos suecos e dinamarqueses, que não são tão expressivos, quando treinou Halmstads, Malmo e Copenhagen. Na Inglaterra, treinou apenas o Liverpool entre as equipes grandes. E o trabalho também não foi dos melhores. Hodgson não classificou a equipe para a Champions League e acabou deixando o cargo em meados da temporada 2010/2011.

A seu favor pesam as boas temporadas que fez à frente do Fulham, entre 2007 e 2010, além da excelente campanha que faz com o inexpressivo West Bromwich na Premier League levando a equipe, por enquanto, à 10ª posição da competição.

Pessoalmente, acredito que Roy não foi uma boa escolha, mas foi, talvez, a melhor alternativa no momento. Pelo que se vê, nem Mourinho, nem Redknapp aceitaram a proposta da Seleção. Ele é um bom treinador, normalmente se relaciona-se bem com os jogadores das equipes que treina, mas não tem o "know-how" suficiente para assumir uma Seleção como a Inglaterra. Se bem que o último treinador tinha muito "know-how" e fez um trabalho para ser esquicido pelos ingleses. Ao que parece, a FA, deste vez, preferiu apostar em um treinador da casa, que não é tão famoso, mas que tem o sangue azul bretão correndo em suas veias. Vamos esperar o resultado.